sábado, 28 de outubro de 2023

RITO FÚNEBRE DOS IMORTAIS DA ADB

O Presidente desta honrada instituição esclarece como se deve proceder quando da morte de um dos nossos membros para, enfim, tornar-se imortal: 

Após a morte, dever-se cremar o corpo. As cinzas recebidos devem ser levadas até o bar mais próximo do crematório em companhia dos membros desta academia.  Com as cinzas deve-se empanar uma coxinha de frango. Em seguido, deve-se servi-la a todos os membros presentes, acompanhada de cachaça.

domingo, 27 de maio de 2018

NOTA DO PRESIDENTE SOBRE A GREVE DOS CAMINHONEIROS

Diante da falta de álcool nos postos de combustíveis, sugerimos aos nossos membros beberem mesmo o álcool ainda disponível nos supermercados.

Sem mais, subscrevo-me.

AAAAIIIIIiiiiiiii!!!

segunda-feira, 24 de abril de 2017

Mensagem do presidente

Lamento o hiato das postagens no blog, estava em uma profunda ressaca ocasionada por uma sucessão intermitente de porres.

Att,
O presidente.

quarta-feira, 23 de março de 2016

COMUNICADO DO PRESIDENTE [URGENTE!]

Venho por meio desta narrar meu grande ato em nome da cerveja. Hoje pela manhã fui ao supermercado comprar o "ouro egípcio", como reza o costume. Lá me deparei com trolhacentas marcas variegadas. Vaguei por entre todas as estantes, gôndolas e geladeiras. Deslizei nos corredores na seção de bebidas perscrutando cada vasilhame, cada lata, cada long neck. Por fim escolhi a mais ordinária, a mais infame. Sim! Eu escolhi entre tantas a cerveja com maior índice de rejeição. A mais insossa, a mais vulgar, a mais desprezível das cervejas. A mais, em uma palavra, barata. Tão asquerosa quanto o nome do inseto que o adjetivo suscita. E fiz isso por uma causa. Fiz em nome da cerveja! E que não me acusem de hipocrisia, pois se fosse pelo dinheiro - que de fato era mirrado - teria a muito parado de beber. Pois beber é custo de qualquer maneira. O meu móvel foi a cerveja. Bebê-la custe o que custar - mas que custe o menor valor possível! Assim, bebo a meia dúzia de cervejas que comprei com imensa satisfação a um preço módico e tenho meu feriado satisfeito  por ter cumprido a exigência de nossa honrada instituição: a Academia Desterrense de Bares. Sem mais subscrevo-me.

O presidente porra!!

terça-feira, 28 de abril de 2015

Artigo científico de grande importância





O álcool, enquanto é consumido, debilita o bebedor fisicamente e o anima espiritualmente. Este é o paradoxo do alcoolismo. Enquanto vai se bebendo, o corpo perde paulatinamente seu equilíbrio, o controle preciso sobre os movimentos, a articulação da fala, enfim, todos os sentidos são vítimas da ação nefasta da bebida alcoólica.

Ao mesmo tempo em que quedam os sentidos e movimentos do corpo, ascendem as qualidades espirituais. O sujeito torna-se sincero, afetuoso, companheiro e altruísta. A capacidade de filosofar nasce em quem não havia e cresce em quem é sempre pequena. Não quero dizer que simplesmente enchendo-se a cara, enfiando-se o pé na jaca ou entornando-se o caldo teremos uma sociedade de alcoólicos filósofos. É um exagero comparar o álcool a um tônico eficiente para o espírito.

Naturalmente que estes dois paralelos, o ânimo espiritual e a debilidade física, se encontram em algum ponto do horizonte quando se bebe em excesso. Daí então o álcool já não anima mais o espírito e se une ao que antes fora seu oposto, a debilidade física. O espírito dá princípio a uma queda que acompanha o corpo. Até agora nos encontramos no campo da imanência do sujeito alcoolizado.

O fim desta queda é quando se atinge um nível de álcool tal que o sujeito perde a memória por completo. Este é um estado que muitos de nós já passamos. Bebe-se em tão grande exagero e descontrole que quando transcorrido o efeito da bebida nota-se a perda da memória. Não por descoberta própria obviamente, mas porque os outros presentes lhe narram os fatos.

O momento da perda da memória significa que o espírito do sujeito alcooliza passou para outro plano de existência, outra realidade onde seu corpo físico não pode lhe acompanhar. Sendo a memória uma capacidade inerente ao cérebro e sendo este matéria, o espírito quando alcança o outro plano não poderá lembra-se do que se deu no plano onde deixou seu corpo. A memória daquele plano, se existindo, só a ele pertence e só lá poderá ser acionada. Chamamos a isso de transcendência do sujeito alcoolizado. Note o leitor que a transcendência exige grande esforço do sujeito, o que o debilita severamente após retornar ao plano de seu corpo físico.

Fundamentou-se acima a metafísica do alcoolismo.